quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Formação profissional

O conservador/restaurador trabalha com exemplares únicos e algumas ações no processo de restauração são irreversíveis - como a remoção de um verniz escurecido, ou remoção de uma repintura (pintura não original). Assim, antes da execução da conservação e restauração é preciso realizar o reconhecimento da obra, levantando todas as informações possíveis: autoria, função social, origem, procedência, data, iconografia (o que sua imagem representa). 

Caberá também ao conservador/restaurador reconhecer as características físicas da obra: sua tecnologia de construção, materiais e técnicas, o estado de conservação e as possíveis causas das deteriorações. Somente de posse de todos esses dados será possível determinar o tratamento  necessário, as técnicas e materiais mais adequados à conservação e restauração de uma determinada obra.

A formação do conservador/restaurador deve ser tal, que o torne apto a avaliar a obra a ser trabalhada em seus diferentes aspectos: material, técnico, formal, estilístico, iconográfico. Essa formação deve dar ao profissional embasamento técnico-científico, desenvolver a capacidade de interpretar criticamente a obra de arte, de avaliar seu estado de conservação, reconhecer as causas das deteriorações, de estabelecer critérios de intervenção, além de conhecimento teórico-prático para a execução dos procedimentos.
 
Assim, além dos conhecimentos específicos, em sua formação o conservador/restaurador recebe conhecimentos básicos de História da Arte, Biologia, Química, Física, e outros. Em alguns momentos, diante da necessidade de uma avaliação mais aprofundada (um exame laboratorial, uma análise estilística, o reconhecimento de uma espécie de madeira, etc.), o profissional conservador/restaurador buscará o apoio e participação de profissionais destas diferentes áreas, trabalhando de forma interdisciplinar.

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